sábado, 7 de janeiro de 2017

Em 2017, a SAD comemora os dez anos da realização do fórum que deu origem o ‘Marco da Cultura Cuiteense’ – A Carta Demócrito Humberto – ‘Maestro Móca’.



  Neste ano de 2017, mais especificamente, no mês de setembro, a comunidade cultural comemora uma década do grande marco da cultura de Cuité – A Carta Demócrito Humberto – ‘Maestro Móca’, fruto das discussões do plenário do Fórum Informal de Cultura, que foi realizado no dia 07 de setembro de 2007, há exatos dez anos, tendo provocado, convocado, organizado e coordenado pela Sociedade Aliança de Desenvolvimento – SAD, que defendia a bandeira de que o município de Cuité, bem como o Território do Curimataú e Seridó necessitavam urgentemente de uma política cultural bem definida e regulamentada em lei, estabelecida e alinhada com a realidade local, bem como com direito do acesso a cultura.

  O chamamento foi entendido e atendido pela sociedade civil, por grande parte das instituições, e ainda, e principalmente, pelos fazedores culturais de vários segmentos, resultando na criação da Carta de Cultura do Município de Cuité "Demócrito Humberto da Fonseca – “Maestro Moca", sendo batizada assim para homenagear esse grande músico cuiteense, que durante muitos anos comandou a filarmônica municipal e as bandinhas que animavam o carnaval, e etc. Na carta, os presentes citam que “os nossos representantes não podem ficar indiferentes aos olhares e as vozes da nossa cultura que renovam a vida em nossa cidade, contribuindo para a elevação da autoestima das pessoas e para a construção de um forte sentido de pertencimento à comunidade e a cidade”. E que o governo municipal e a sociedade civil devem trabalhar juntos para construir uma cultura democrática e inclusiva, considerando-a como um fator fundamental para o desenvolvimento humano, baseada nos eixos da simbologia, da cidadania e economia.

  O fórum entendeu ainda, que as iniciativas voltadas para inclusão e o desenvolvimento cultural que estão dando resultados positivos, sejam no âmbito da esfera pública, da esfera privada ou da sociedade civil, devem ser apoiados e ter caráter permanente não sujeito a serem movidos por questões de divergências políticas, partidárias ou por falta de continuidade administrativa. E por fim, a carta elencou várias propostas pela luta da concretização de uma política de cultura em nosso município.

  E a preço de hoje, pode-se afirmar, que muito se avançou, pois o trabalho daquele fórum, bem como o conteúdo da carta, foi insistentemente perseguido pela SAD conseguindo alavancar e aprovar as leis de criação do Conselho e do Fundo de Cultura, os quais foram feitas através de sanção tácita pela Câmara Municipal (uma luta árdua). Estas que posteriormente, em nova fase de discussão, foram adequadas e agrupadas em uma lei única que criou o Sistema Municipal de Cultura de Cuité, a Lei 960/2013 de 28.06.2013, ato este que elevou a cidade de Cuité à condição de pioneira, ou seja, a primeira do Estado da Paraíba a criar o seu Conselho, o Plano e o Fundo, e ainda, com a inclusão de percentual fixo na LOA destinado a cultura, o que se rendeu uma ‘Menção Honrosa’ aprovada pelo Conselho Estadual de Cultura da Paraíba.

  Em linhas gerais, a comunidade artística tem muito que comemorar, enquanto que a SAD celebra o cumprimento do seu papel fundamental de promover o desenvolvimento coletivo. Reafirmando o compromisso ante aos desafios, mas considerando que, ainda há muito que fazer, porém, os avanços são bastante densos e significativos.


ASCOM/SAD.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Série Nossos Projetos: Programa Sopão Nosso


  Emparelhado ao Arraial do Aliança (movimento cultural que deu origem a organização-SAD), o Programa Comunitário e Solidário de Segurança Alimentar, ou simplesmente, Projeto Sopão Nosso, é considerado a segunda ‘menina dos olhos’ da entidade haja vista o pioneirismo e o impacto social que consegue realizar.

  Primeiro Programa Comunitário de Segurança Alimentar do Território do Curimataú e Seridó Paraibano, de que se tem notícia, é realizado em parceria com a Comunidade Católica Nossa Srª. Conceição, e desde a sua fundação (ano de 2007), arrecadou e distribuiu durante difíceis anos, mais de duas toneladas (2,5) de alimentos, bem de refeições gratuitas às pessoas carentes de todas as partes da cidade. O trabalho conta com o empenho de mais de uma dezena de voluntários (as), que se utilizam de doações voluntárias para produzir aproximadamente duzentos (200) almoços na Cozinha Comunitária montada na capela da comunidade, os quais são distribuídos aos sábados às famílias de baixa renda, oriundas dos programas sociais, e especialmente, que não estejam inseridos neles, cadastrados previamente.

  A SAD, que é a mantenedora do Sopão Nosso também contou com o apoio dos agricultores da Agricultura Familiar do município através do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA do Governo Federal tanto não oferecimento das refeições, como na distribuição de cestas básicas. Por falta de incentivo, bem como por questões diversas provocadas pelos problemas da conjuntura nacional, que é de crise, o programa foi suspenso temporariamente no final de 2016, onde ficaram sendo distribuídos apenas os alimentos arrecadados nos eventos culturais da SAD. Porém, a boa notícia é que o mesmo passa por reestruturação, e em breve, estará atendendo a população.

  Pode parecer que não, mas, muitos brasileiros ainda sofrem com a falta de acesso a alimentação mínima, na contramão de um país tão abundantemente rico, e ainda mais agora, quando a “Crise pode levar 3,6mi de volta à pobreza, diz estudo” (UOL, em São Paulo, 13/02/2017). Isso é uma violação grotesca dos direitos fundamentais pressupostos da Carta Constitucional Brasileira, bem como da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Cabe a nós, sociedade civil, lutarmos tanto pela garantia desse direito, bem como pela criação de ações que visem minimizar, mesmo que paliativamente, essa situação de vulnerabilidade.

Faça a sua parte! Seja um doador ou voluntário.

ASCOM/SAD.