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Caros leitores, seguindo com a série NOSSA HISTÓRIA, cujo o intuito é o de fazer o registro histórico dos assuntos da comunidade como forma de estreitar os laços de amizades das pessoas que aqui nasceram, e que por conveniência da vida tiveram que se distanciar (geograficamente), mas que carregam no peito, o orgulho de terem convivido neste mesmo lugar. E para hoje, contaremos aqui, a história de como se deu por muito tempo, a comunicação entre essas pessoas, e de como a presteza e a solidariedade de uma família foi imprescindível para isso.
Assim, se pedíssemos às pessoas da comunidade do Aliança para revirarem os antigos cadernos de anotações e agendas telefônicas, certamente o número 372-2210 constará em cem por cento deles. Pois esse era o número de um dos primeiros telefones fixados em residências da nossa cidade, e o único em todo o bairro do Aliança. Pertencia à família de “Dona Nova” e do Sr. José Honório (ambos in memorian), estes que eram os pais de Nezito, Zezito, Eliane e Maria Lúcia (in memorian).
A casa deles, situada na Rua Assis Chateaubriand, era ponto certo de concentração das pessoas da comunidade que recebiam ou faziam ligações para os seus parentes que viajavam para o Sudeste (Minas, São Paulo e Rio) e para o Centro-oeste (Goiás e Mato Grosso), os quais já levavam esses algarismos anotados em um papel cuidadosamente guardado na bagagem, na certeza de poder se comunicar com os seus familiares, e até com os amigos, através da gentileza da receptiva senhora, que cedia o seu aparelho telefônico, bem como a acomodação em seu sofá da sala para todos que precisassem. Isso ocorria rotineiramente durante toda a semana, mas a frequência (com horários predefinidos) sempre se intensifica aos sábados e domingos (dias em que quem estava fora do município costumava ter uma folga).
Mas, esta história verdadeira de partilha não se resumia a este fato. Acontece que por terem um espírito altamente solidário para com os amigos e vizinhos, além do telefone, a família também prestava socorro às pessoas quando o assunto era uma urgência de saúde. A qualquer hora, o transporte gratuito para o atendimento médico era garantido em seu veículo (um conservado Corcel amarelo) patrimônio de valor inestimável que foi deixado pelo patriarca da família.
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Tais fatos poderiam ser considerados como comuns ou irrelevantes nos dias atuais, onde a tecnologia e os programas de governo facilitam tanto a comunicação como o acesso ao atendimento de um transporte público, porém, isso intensifica ainda mais a importância destas pessoas na vida de muita gente daquela época, quando os préstimos da honrosa família era a solução para quem necessitava desses dois itens.
ASCOM/SAD.
Coletivo de Pesquisas-História da Comunidade do Aliança.
NOTA: Os fatos aqui publicados contou com a colaboração e a devida autorização dos familiares mais novos de Dona Nova e fará parte de uma coletânea que em breve será lançada em livro. Caso, haja interesse em nos enviar um tema, sugira e encaminhe informações para o email: sadh.cuitepb@gmail.com
